Apesar de ainda pouco valorizado, o exercício tem um impacto positivo em vários domínios da saúde do indivíduo, e sabemos que a saúde não é apenas a ausência de doença, mas sim um estado de completo bem-estar físico, mental e social, como defende a Organização Mundial de Saúde (OMS).
É sabido, e está bem reportado, o efeito da atividade física na saúde física, mas qual será o papel da mesma na saúde mental?
A prática de atividade física de forma regular ajuda a regular o stress, a aumentar a autoestima, ajudando ainda na qualidade de vida de pessoas com problemas de saúde mental.
Stress. O próprio exercício é um stress que tira o nosso organismo de um estado de equilíbrio, homeostasia. No entanto, ao ser dado este “stress” de forma controlada, o nosso corpo consegue procurar e arranjar formas de aliviar e sobrecompensar o stress, conseguindo assim aliviar o stress não apenas provocado pelo exercício, mas também o que estava presente no corpo. Além disso, as endorfinas libertadas durante a prática do exercício e o convívio social que este promove, levam a que exista uma natural redução do stress.
No que à autoestima diz respeito, a atividade física aparenta ter um impacto positivo na mesma. Além da melhoria do aspeto físico, da forma como o indivíduo se vê e a capacidade de percecionar a habilidade de ultrapassar desafios colocados durante a atividade física, levam a que a autoestima aumente e o indivíduo se note cada vez mais capaz e confortável consigo mesmo.
Contudo, além de ser uma ferramenta para indivíduos aparentemente saudáveis, a atividade física tem um papel importante em pessoas com problemas mentais já diagnosticados, assim como demências, depressão e ansiedade.
No caso da demência, após ser diagnosticada, o exercício atua como um travão na progressão da doença.
Em casos de depressão e ansiedade, a libertação de endorfinas como a serotonina, a dopamina e a melatonina, promovem um forte aliado à medicação e à terapia psicológica, sem nenhum efeito negativo adjacente.
Além disso, o exercício promove o convívio e a interação social, o que faz com que as pessoas com depressão saiam de um ciclo de pensamentos negativos e depressivos muito comuns neste quadro patológico.
Assim, e em suma, o exercício é um forte aliado na manutenção e na melhoria da saúde mental, bem como na saúde na sua generalidade.
Para isso, um plano ajustado, que tenha em conta as características e objetivos de cada indivíduo, realizado por um profissional competente, é a maneira mais segura, sensata, motivadora e eficaz, de começar a praticar exercício físico.
Artigo redigido pelo Instrutor João Oliveira