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A saúde mental e os jovens

A saúde mental tem sido um dos temas mais abordados nos últimos tempos, sobretudo após o isolamento social que a população enfrentou decorrente da pandemia de COVID-19. Esta é compreendida como sendo a base do bem-estar em geral, tendo em consideração aspectos emocionais, psicológicos e sociais, abrangendo assim a maneira como pensamos, sentimos e nos comportamos no nosso dia a dia.

Uma saúde mental adequada é crucial para nos adaptarmos a novas circunstânicas da nossa vida, garantindo um equilíbrio emocional e afetivo que nos ajude a lidar com as diversas situações quotidianas, enfrentar os desafios e obstáculos que vão surgindo, expressar as nossas emoções de forma saudável, relacionarmo-nos de forma positiva e sobretudo descobrirmos um sentido para a vida.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente as perturbações relacionadas com a saúde mental têm vindo a aumentar consideravelmente, sobretudo na faixa etária dos jovens, destacando-se a depressão, a ansiedade, a bipolaridade, a esquizofrenia, o transtorno obcessivo compulsivo, as fobias e o “burnout”. Importa ainda referir que, de acordo com a mesma fonte, a depressão é considerada uma das perturbações deste tipo mais evidentes em todo o mundo, sendo que o suicídio é a terceira principal causa de morte entre os jovens de 15 a 19 anos de idade.

A ausência de saúde mental entre os jovens pode desencadear uma série de consequências adversas que afetam profundamente a sua qualidade de vida e o seu desenvolvimento harmonioso, como por exemplo a nível do desempenho académico, isolamento social afetando as relações com os pares, desencadeamento de comportamentos de risco como abuso de substâncias e envolvimento em atividades perigosas, aumento do risco de ideação suicida, entre outras repercussões extremamente preocupantes.

Nos últimos tempos, várias iniciativas que visam a promoção da saúde mental têm sido implementadas por várias entidades, aumentando assim a literacia acerca deste tema na comunidade, ficando a população mais sensibilizada e desperta para identificação de possiveis sinais de alerta e sintomas, possibilitando a procura de ajuda atempadamente e lidando com o assunto com uma maior naturalidade.

Uma das ferramentas mais eficazes para a promoção da saúde mental, não só nos jovens mas em toda a população em geral, é a prática regular de atividade física. Para além dos benefícios físicos, esta apresenta ainda benefícios emocionais, psicológicos e sociais. A prática de exercício físico leva à libertação de endorfinas (substâncias químicas naturalmente presentes no cérebro, responsáveis pela melhoria do humor e promoção do sentimento de bem-estar, mais conhecidas como as hormonas da felicidade), aumento do fluxo sanguíneo e regulação dos níveis de serotonina e dopamina (neurotransmissores que regulam o humor, assim como a função do sono e do apetite, entre outras).

Além dos benefícios acima descritos, a prática de exercício físico contribui ainda para um aumento da autoestima, um maior sentimento de realização, aumenta a interação social, reduz o stress, melhora o humor, aumenta a concentração e promove um completo bem-estar físico, emocional e social. A atividade física permite assim adotar um estilo de vida mais ativo e acima de tudo mais saudável, tornando-se num coadjuvante terapêutico, quer no tratamento, como na prevenção das doenças mentais, sendo considerado um excelente aliado na nossa saúde.

Escrito por:

Luís Silva

Instrutor de Fitness Balance 

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